A alimentação da mãe é um fator muito importante que altera a composição do leite materno. Por isso, durante a amamentação, é recomendado ter alguns cuidados com a dieta, especialmente para evitar que algumas substâncias sejam passadas para o bebê através do leite ou que o sabor do leite seja alterado, dificultando o processo de amamentação.
Alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados são os alimentos com sabor muito intenso, como alho ou aspargos, assim como os alimentos que contêm cafeína, como o chocolate, o café ou o chá preto. Além disso, o consumo de chás também deve ser feito com cuidado, já que várias plantas podem provocar efeitos colaterais na mãe e no bebê. Confira os .
Alguns estudos também indicam que o surgimento de cólicas no bebê pode, algumas vezes, estar relacionado com a alimentação da mãe, especialmente devido ao consumo de alimentos como leite e derivados, amendoim e camarão, que podem produzir substâncias que são liberadas no leite materno e acabam irritando o intestino do bebê, provocando as cólicas. Entenda .
Os alimentos que devem ser evitados durante o período de amamentação são:
O álcool passa rapidamente para o leite materno, de modo que após 30 a 60 minutos, o leite possui a mesma quantidade de álcool que o organismo.
A presença do álcool no leite materno pode afetar o sistema nervoso do bebê causando sonolência e irritabilidade, comprometer o seu desenvolvimento neurológico e psicomotor e até mesmo causar atraso ou dificuldade para aprender a falar e a caminhar. Além disso, o organismo do bebê não elimina tão facilmente o álcool do organismo como acontece em adultos, o que pode causar intoxicação no fígado.
As bebidas alcoólicas também podem diminuir a produção do leite materno e reduzir a absorção de nutrientes no intestino da mãe que são necessários para o crescimento e desenvolvimento do bebê. Por isso, deve-se evitar ao máximo consumir álcool durante a amamentação.
Caso a mulher deseje ingerir bebida alcoólica, é recomendado tirar o leite antes e armazenar para dar ao bebê. No entanto, se não fizer isto, e beber pequenas quantidades de álcool, como 1 copo de cerveja ou 1 taça de vinho, por exemplo, deve-se esperar em torno de 2 a 3 horas para amamentar novamente.
Os alimentos ricos em cafeína, como café, refrigerantes de cola, energéticos, chá verde, chá mate e chá preto devem ser evitados ou consumidos em pequenas quantidades durante a amamentação, isto porque o bebê não consegue digerir a cafeína tão bem quanto os adultos, e o excesso de cafeína no corpo do bebê, pode causar dificuldade para dormir e irritação.
Quando a mulher ingere grandes quantidades de cafeína, o que corresponde a mais de 2 xícaras de café por dia, os níveis de ferro no leite podem diminuir e, assim, diminuir os níveis de hemoglobina do bebê, podendo causar anemia.
A recomendação é tomar no máximo duas xícaras de café por dia, o que equivale a 200 mg de cafeína, ou também pode-se optar pelo café descafeinado.
O chocolate é rico em teobromina que tem um efeito semelhante ao da cafeína e alguns estudos mostram que 113 g de chocolate tem aproximadamente 240 mg de teobromina e pode ser detectada no leite materno 2 horas e meia após sua ingestão, podendo causar irritação no bebê e dificuldade para dormir.
Por isso, deve-se evitar comer grandes quantidades de chocolate ou comer todos os dias. No entanto, pode-se consumir um quadradinho de 28 g de chocolate, que corresponde a aproximadamente 6 mg de teobromina, e não causa problemas no bebê.
Os alimentos de sabor intenso, como o alho, os aspargos ou a cebola, ou os condimentos mais fortes podem causar alteração do sabor e do cheiro do leite materno, principalmente quando consumidos diariamente ou em grandes quantidades. Isso pode fazer com que o bebê rejeite o leite materno, dificultando o processo de amamentação.
Os alimentos processados ricos em açúcar possuem poucos nutrientes, como fibras, vitaminas e minerais, o que pode interferir na produção e qualidade do leite materno. Por isso, é recomendado limitar ao máximo a sua ingestão e dar preferência aos alimentos frescos e naturais, realizando uma alimentação equilibrada que proporciona todos os nutrientes necessários para a saúde da mulher e a produção de leite de qualidade para o bebê.
Esses alimentos incluem frutas cristalizadas, bolachas, biscoitos e refrigerantes, por exemplo.
Os alimentos industrializados ricos em gordura, principalmente gordura trans, poderia modificar a composição de gordura do leite materno, o que poderia causar efeitos negativos no desenvolvimento do bebê, no entanto são necessário mais estudos científicos para confirmar essa relação.
As gorduras trans podem ser encontradas em alimentos como o óleo de soja refinado, margarina, snacks, salsichas e embutidos no geral, pipoca de microondas, pizzas, hambúrguer e lasanhas congeladas, por exemplo.
Os alimentos crus como os peixes crus usados na culinária japonesa, ostras ou leite não pasteurizado, por exemplo, são uma fonte potencial de intoxicação alimentar, o que pode causar infecção gastrointestinal para a mulher com sintomas de diarreia ou vômito, por exemplo.
Apesar de não causar nenhum problema ao bebê, a intoxicação alimentar pode causar desidratação na mulher, prejudicando a produção de leite. Por isso, deve-se evitar os alimentos crus ou consumi-los apenas em restaurantes de confiança.
Alguns tipos de chá podem afetar a produção de leite ou causar efeitos colaterais no bebê, como é o caso da erva-cidreira, orégano, salsa, hortelã-pimenta, ginseng, kava-kava ou anis-estrelado, por exemplo. Assim devem ser evitados sempre que possível ou consumidos apenas sob orientação de um médico.
Confira uma .
Algumas mulheres podem ter alergia a certos alimentos e o bebê também pode desenvolver alergia aos alimentos que a mãe ingere durante a amamentação.
É importante que a mulher esteja atenta principalmente ao consumir algum dos seguintes alimentos:
Esses alimentos tendem a causar mais alergia e podem provocar sintomas no bebê como vermelhidão na pele, coceira, eczema, prisão de ventre ou diarreia, por isso é importante observar o que foi consumido de 6 a 8 horas antes de amamentar o bebê e a presença dos sintomas.
Caso suspeitar que qualquer um desses alimentos esteja causando alergia, deve-se eliminá-lo da dieta e levar o bebê ao pediatra para avaliação, já que existem diversos motivos que podem causar alergia na pele do bebê além dos alimentos.
O aspartame é um adoçante artificial que quando consumido é rapidamente decomposto no corpo da mulher formando a fenilalanina, um tipo de aminoácido, que pode passar para o leite materno, e por isso, seu consumo deve ser evitado principalmente nos casos em que o bebê tem uma doença chamada fenilcetonúria, que pode ser detectada logo após o nascimento através do teste do pezinho. Saiba .
A melhor forma para substituir o açúcar é usar um adoçante natural proveniente de uma planta chamada estévia, sendo o seu consumo permitido em todas as fases da vida.
Para obter todos os nutrientes que o corpo necessita durante a amamentação, é importante fazer uma dieta balanceada que contenha proteínas como carne magra, frango sem pele, peixe, sementes e leguminosas, carboidratos como pão integral, arroz e batatas cozidas, e gorduras boas como azeite de oliva extravirgem.
Veja .
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