Em um desfecho surpreendente, o gabinete do promotor público de Santa Fé anunciou na última segunda-feira, 23, que não irá mais recorrer da decisão que absolveu o ator Alec Baldwin das acusações de homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins no set do filme 'Rust'.
A promotora especial Kari Morrissey decidiu retirar o recurso após uma juíza ter arquivado o caso em julho, alegando que a polícia e os promotores haviam ocultado evidências da defesa. Revelações de que munição havia sido encontrada e não devidamente investigada foram cruciais para a decisão da juíza.
A defesa de Baldwin sempre sustentou que o ator não havia apertado o gatilho e que a tragédia se tratava de um acidente. Com a decisão final, essa versão dos fatos prevalece. Os advogados do americano comemoraram a decisão como uma "vindicação final" e uma demonstração da integridade do sistema jurídico.
"A decisão de hoje de rejeitar o recurso é a vindicação final do que Alec Baldwin e seus advogados disseram desde o início – esta foi uma tragédia indizível, mas Alec Baldwin não cometeu nenhum crime", disseram os advogados de defesa no tibunal.
A decisão de não recorrer solidifica a crítica aos promotores, que foram acusados de não terem conduzido uma investigação completa e imparcial. Os promotores locais justificaram a decisão de não recorrer alegando que diversas barreiras impediram uma investigação justa e abrangente.
A supervisora de armas do filme, Hannah Gutierrez-Reed, já havia sido condenada por homicídio culposo e o diretor assistente David Halls havia concordado com um acordo plea bargain. No entanto, a absolvição de Baldwin marca um ponto final na perseguição judicial contra o ator.
Segundo o 'The Guardian', a morte de Halyna Hutchins gerou grande comoção na indústria cinematográfica e levou a um debate sobre a segurança nos sets de filmagem, em particular o uso de armas de fogo e munição real.